quinta-feira, 5 de maio de 2011

Thor", herói mitológico-pop de Stan Lee, ganha adaptação perfeita em quase todos os seus aspectos cinematográficos. Roteiro fiel ao personagem e direção de Kenneth Branagh são destaques do longa, em cartaz na cidade
Mitologia + fantasia + Shakespeare + filosofia = realidade. Certo? Tudo é possível. Mas uma coisa é certa: desde "Avatar" este é o filme a melhor condensar as possibilidades da tecnologia e colocá-la a serviço do cinema. E, mesmo que não se trate, ainda, "daquele filme" de super-herói oriundo dos quadrinhos, assume uma posição de liderança em relação aos demais justamente por ter, sob o seu comando, um criador shakespereano chamado Kenneth Branagh.

"Thor" não é um mero "blockbuster" feito com milhões de dólares para multiplicar a quantia. Primeiro, há um fundamental respeito à obra original; depois, a interpretação do mundo clássico como espelho do mundo humano - como na mitologia e seus deuses antropomórficos; depois, recorrer a mitologia, lenda e fantasia como instrumentos da realidade e dar tratamento filosófico a determinadas questões do enredo - a traição, a arrogância, a ânsia pelo poder, dentre outras.

A mais relevante delas, e a condutora dramática da história, centra-se em Odin - em habilidosa interpretação humanística de Anthony Hopkins. Trata-se de seu drama íntimo e familiar, o qual puxa todos os demais temas da história - a rivalidade entre irmãos, a expulsão do filho da casa paterna, o amadurecimento, a arte de aprender com a convivência, etc.

Thor: fidelidade ao espírito das HQs e tratamento shakespereano aos dramas humanos

                    Laís, Juliana e Yasmim

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